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Unemat elabora a 2ª edição do vestibular indígena
100 novas vagas serão oferecidas para professores indígenas de 30 etnias
Unemat elabora a 2ª edição do vestibular indígena
18/05/2004 11:59:50
por Coordenadoria de Comunicação Social

A Universidade do Estado de Mato Grosso prepara a segunda edição do vestibular para indígenas. Ao todo 100 vagas serão ofertadas pelo Projeto de Formação de Professores Indígenas, uma proposta diferenciada de ensino desenvolvida pela Unemat, no Campus Universitário de Barra de Bugres, em Parceria com a Secretaria de Educação do Estado ( Seduc), e a Fundação Nacional do Indio(Funai).

O concurso de vestibular tem previsão de ser realizado até o próximo mês de agosto, oportunizando a formação em nível superior a professores indígenas de 13 municípios mato-grossenses, num total de 30 etnias, tendo como diferencial a formação continuada e a permanência dos acadêmicos em suas comunidades, constituindo saberes com base na realidade vivida, considerando a língua e a cultura de cada povo.

A possibilidade de ampliação das novas vagas para o projeto foi consolidada na semana passada por meio de um contrato firmado inicialmente entre Unemat e Seduc no valor de R$ 1,397 milhão. Na reunião realizada na sede da Secretaria, entre o reitor Taisir Karim, a secretária Ana Flávia Muniz, coordenador do Campus de Barra do Bugres, Júlio Geraldo, coordenador do 3º Grau Indígena, Elias Januário, deputado Rennê Barbour e representantes indígenas, foi acordado a distribuição dos custos do Projeto entre a Seduc que aplicará o valor de R$ 1,079 milhão e a Unemat que investirá nos próximos cinco anos o valor total de R$ 318 mil.

Para Elias Januário a oferta dessas novas vagas caracteriza a consolidação do projeto como política pública, pois ultrapassa o propósito temporário de atender uma demanda limitada, ampliando as oportunidades de formação.

“Esse foi um grande avanço, pois garante a continuidade do projeto, ampliando o comprometimento de atender a toda uma demanda, tomando uma dimensão de política pública”, afirma Januário lembrando que esta conquista vem ao encontro da mobilização dos professores indígenas que estão envolvidos efetivamente em todo processo.

“ A Universidade prima pela participação efetiva dos índios em todas as discussões e a ampliação dessas vagas representa o fortalecimento da luta do movimento dos professores indígenas” conclui.

Histórico

O projeto 3º Grau Indígena, pioneiro na América Latina, teve início em 2001 com o objetivo de garantir a formação de professores indígenas para a docência no ensino fundamental e em disciplinas específicas do ensino médio em suas aldeias. Atendendo a 200 professores de 33 etnias de 11 estados brasileiros, o Projeto desenvolve cursos superiores nas áreas de Línguas, Artes e Literatura, Ciências Matemática e da Natureza, e Ciências Sociais.

Com base na formação em serviço os cursos são divididos em Etapas de Estudos Presencias (no campus de Barra do Bugres) e de Etapas de Estudos Cooperados de Ensino e Pesquisa desenvolvidas pelos acadêmicos nas comunidades de origem.

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